O missô é uma pasta de soja fermentada, muito utilizada na culinária japonesa. Sua origem é dividida pela China e pela Península Coreana, e há mais de uma teoria a respeito das modificações sofridas por esse alimento ao longo do tempo. Uma delas defende que o missô conhecido hoje é originário do hishio, uma pasta feita a partir da carne ou do peixe macerado e misturado com “cereais fermentados”, sal e saquê. Esta mistura era colocada num pote que ficava lacrado por mais de cem dias. Depois de maturada, estava pronta para ser consumida ou utilizada como tempero. Mais tarde, outros ingredientes foram incorporados à receita, dentre eles a soja. Uma outra corrente defendida por alguns estudiosos afirma que o missô é produto das condições climáticas encontradas no território japonês. Para reforçar essa hipótese, foram encontrados em sítios arqueológicos da Era Jomon um alimento feito de donguri (fruto do carvalho), que poderíamos chamar de jomon missô. Apesar disso, a palavra missô tem seu primeiro registro conhecido no ano de 901, na Era Heian.
Existe um ditado sobre o missô que diz: “isha ni okane o harau yorimo, missoya ni harae” (do que pagar dinheiro a um médico, pague ao fabricante/vendedor de missô). Isso demonstra o grande valor nutritivo desse alimento. Uma colher de sopa de missô (19 g), contém cerca de 30 kcal, 2 g de carboidratos e proteínas e cerca de 15 mg de cálcio. Estão presentes também as vitaminas B2, B12 e E e enzimas que auxiliam na digestão, além de todos os nutrientes inerentes à soja, como as isoflavonas e a lecitina, por exemplo.
Atualmente, pesquisas científicas comprovam os efeitos positivos encontrados nas pessoas que consomem diariamente uma porção de missô (como missoshiru, por exemplo). Esses efeitos são: prevenção do câncer do estômago e de doenças gástricas, prevenção do envelhecimento, aceleração do metabolismo, eliminação das toxinas encontradas no corpo e proteção contra os males do cigarro.
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